quinta-feira, 9 de julho de 2009

Silêncio!


De silencio são formadas todas as minhas palavras! Delas eu formo em formas disformes tudo o que quiser. Esse meu silêncio é luxuoso, se transforma no excesso da falta de palavras. Ele é minha fome e minha comida pelas frases mal feitas e bem compreendidas por você, pois só você me entende, mas como pode isso acontecer se nem eu me entendo?

Do meu silêncio me torno a equilibrista dos palcos sombrios desequilibrados; das palavras loucas e desvairadas, me torno o teu animal semi-racional, assim como sou.

Torno-me a vendedora de amor, me atiro da janela do nosso primeiro andar, e com os pés no chão sinto a fumaça escorrendo entre meus dedos congelados de saudades.

Tenho medo do meu silencio, sofro com ele, entretanto sofro mais com minhas palavras. Logo me entrego ao abismo ele será a medida daquilo que tenho; daquilo que sou; daquilo que me abstenho.

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