domingo, 21 de junho de 2009

Hoje...


Hoje vou te beber. Hoje vou beber cada gota dessas lágrimas desafinadas que escorrem em meu rosto como um rio.
Hoje vou beber a última gota da ressaca da noite passada, vou beber tudo aquilo que está engasgado em minha garganta para não me sufocar com essa dor estranha que penetra em minhas entranhas.

Hoje vou beber as gotinhas do orvalho triste das noites de inverno e manhãs de outono, vou beber sim, vou beber... Não importa! Pode ser o mais puro álcool, posso pedir ao frentista para abastecer minha alma de álcool e me embreagar no posto das ilusões.

Hoje vou beber aquele teu champagne envenenado, vou beber todas as letras e me prostrar a falar até louca de tantas palavras ficar.
Hoje vou beber e quero te acompanhar, melhor quero tua companhia nesta louca aventura, quero um mar em fúria, quero esfriar meu coração que ainda em chamas continua ferido.

Hoje quero beber até minha paixão virar loucura, quero chegar num boteco e desfazer o paladar no ar gelado de um copo adocicado pelo pecado de ter em minhas mãos o líquido dos meus pensamentos.

Hoje quem sabe uma tequila eu possa beber...
Hoje quem sabe possa me esconder por trás da garrafa empoeirada da mais barata pinga...
Hoje quem sabe eu possa falar tudo que seja eu e sem beber você possa entender tudo que digas pra tu.

Hoje para beber não preciso de muito, mas não quero arriscar o segundo gole e no outro dia despertar e lembrar que tudo foi um porre. Talvez por isso prefira só o HOJE!

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