domingo, 20 de setembro de 2009

"As palavras estão cheias de falsidade ou de arte; o olhar é a linguagem do coração.”

Triste noite essa a qual enxuguei minhas lágrimas ao som de Cássia Eller. Logo descobri minha indecisão, eis a questão! Pois não sei, mas se posso trocar meu Adidas para ter um All Star azul e combinar com o teu preto de cano alto, ou se posso parar na contramão e seguir em tua direção,
Troquei até um pouco das letras e com a chuva lá fora “aqui dentro faz tanto frio”. A noite foi longa acompanhada por um vazio estupendo que preencheu meu peito deixando-me farta deste café proporcionado por uma manhã pesada, por um silêncio oportuno, por uma saudade de algo inexplicavelmente solitário.

Tenho saudades da tua voz dizendo saudades de você, ou será... Esquece! Saudades do que ainda não tenho, tive e nunca terei; saudades do que não quero ter. Nesta saudade senti minha sinceridade como um banho de água fria em chamas de um corpo encoberto pela escuridão dos dias que nascem preguiçosos.
Reconheço que os acontecimentos não nos mudam, ou mesmo o tempo, a paciência, e o silêncio nem sempre nos trazem respostas, mas com certeza nos trazem perguntas, essas movem o nosso mundo.

Mas a quem perguntar? A quem falar? Se me virar sempre terá alguém para me empurrar de um penhasco enorme, mas foda-se eu adoro voar. Assim de agora em diante decido pela minha loucura a esta sanidade que me vendem, quero a ternura insana do que os bens tangíveis que me ofereces. Minha felicidade não é feita daquilo que toco, mas sim do que sinto.

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